Hora do cafézinho! Mas, cadê o coador de café?
Não é de hoje que gostamos daquele cafézinho, porém, houve uma época que era um desafio degustar um bom café sem “resíduos”.
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ToggleA experiência de tomar café no início do século XX
Imagine que estamos no início do século XX. Você está bebendo uma boa xícara de café quentinho.
Só que… não está tão boa assim.
O pó do café fica grudado nos dentes, e o líquido é tão amargo que você contrai os lábios.
Se não fosse pela cafeína, você provavelmente nem iria se dar ao trabalho de beber aquilo.
Como o café era preparado antes?
Naquela época, o café era preparado como chá — mergulhando um saco de grãos moídos em água fervente.
Era fácil errar na mão: deixar o café muito forte ou muito fraco, com muito pó no fundo da xícara.
Algumas pessoas filtravam o café com coadores de pano, mas o material era poroso demais e difícil de lavar.
A dor e a solução
Em 1908, uma alemã chamada Melitta Bentz cansou de tomar café amargo cheio de pó.
Convencida de que haveria uma forma melhor de fazer café, Bentz começou a procurar ao redor, em busca de ideias.
Então, deparou-se com o papel mata-borrão no caderno do filho.
O material era feito para remover o excesso da tinta.
Era grosso e absorvente — e descartável.
Inspirada, Bentz arrancou uma folha do papel. Fez buracos em uma panela de latão com um prego, colocou a panela em cima de uma xícara, inseriu o papel, encheu com pó de café e derramou água quente.
A bebida resultante era suave, sem pó, e era muito fácil limpar após o uso.
A inovação
Bentz tinha inventado o coador de papel.
Mais de cem anos depois, continua sendo uma das ferramentas mais populares (e eficazes) para fazer café.
Os coadores de café já haviam sido experimentados, mas eram feitos de pano.
E o papel mata-borrão?
Ele já estava por ali.
Trecho do livro: Sprint